Mosteiros: Último incêndio consumiu 787 hectares da zona alta e do perímetro florestal

Segunda, 22 Junho 2015
São Filipe, 16 Jun (Inforpress) – A avaliação técnica preliminar para apurar os prejuízos provocados pelo incêndio nas zonas altas dos Mosteiros e no perímetro florestal de Monte Velha concluiu que foi consumida uma área de 787 hectares de terreno florestal e agrícola. O incêndio, que ocorreu a 02 de Maio último quando um agricultor preparava o café, atingiu quase a totalidade do perímetro florestal de Monte Velha, tendo consumido 627 dos 851 hectares, o que corresponde a cerca de 74 por cento (%) desse território. Segundo dados disponibilizados pelos técnicos da Delegação do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR), que estão a trabalhar o relatório da avaliação dos danos provocados pelo incêndio, dos 627 hectares de zona florestal atingida, 40%, correspondentes a 250 hectares, ficaram totalmente destruídos na chamada “segunda zona” de Monte Velha e, por isso, deverão merecer maior atenção para a sua reflorestação. O coordenador do Parque Natural do Fogo (PNF) disse que vão ser produzidas 12.500 plantas, sendo 3.000 endémicas e 9.500 florestais, para serem afixadas na próxima campanha, anotando que vão começar pelo limite do Parque e depois avançar para a “segunda zona”. Em termos de plantas endémicas para cobrir cada hectare, serão necessárias 100 plantas, mas, para a área florestal, esse número será inferior. Caso a “segunda zona” venha a ser coberta apenas por plantas endémicas seriam necessárias, no mínimo, 25 mil plantas, o dobro que a coordenação do Parque, em parceria com a Delegação do MDR, prevê produzir para a próxima campanha. Neste momento, os técnicos estão a proceder à separação e definição das áreas de cultivo e campos de pastagem que, na totalidade, rondam os 160 hectares. Para os técnicos envolvidos na elaboração do relatório dos prejuízos desse incêndio, o maior de sempre registado nas zonas altas dos Mosteiros e no perímetro florestal de Monte Velha, a área de cultivo do café e de outras fruteiras afectada pode ser menor do que se chegou a pensar, nos primeiros dias do incêndio. A contabilização dos prejuízos económicos provocados pelo incêndio está sendo trabalhada pelos técnicos da extensão rural, devendo levar mais tempo, segundo os técnicos da Delegação do MDR. Proprietários de terreno de cultivo do café e fruteiras nas zonas altas dos Mosteiros estimam que esses prejuízos podem ascender a milhares de contos. JR/AB Inforpress/Fim