São Filipe: Resolução dos problemas da ilha refém da governação para o poder – líder MpD

Domingo, 22 Março 2015
Actualizado a 21/03/2015, 22:31 São Filipe, 22 Mar (Inforpress) - O líder do Movimento para Democracia (MpD, oposição) considera que “há mais direccionamento” da energia da governação municipal e governamental “virado para o poder” do que para a resolução dos problemas da ilha.   Ulisses Correia e Silva, que se encontra de visita à ilha do Fogo, defende a necessidade de se focalizar mais na prestação do serviço publico, “pensar a ilha, criar soluções” para a economia, “tratar as pessoas como cidadãos livres” independentemente da sua simpatia e militância partidária, em vez de “direccionar a energia da governação para o poder”. O líder do maior partido da oposição anota que se deve “libertar a energia” porque, conforme explicou, há “muita energia” criadora em várias áreas que devem ser aproveitadas para criar “ambientes favoráveis e políticas” para que as energias sejam canalizadas para o desenvolvimento. “Há uma certa frustração sentida pelas pessoas da ilha e o MpD quer demonstrar que há soluções alternativas e ajudar a fazer a mudança”, disse Ulisses Correia e Silva, anotando que é “preciso mudar e criar relação de confiança”. Segundo o líder do MpD, mais do que palavras “é indispensável” demonstrar que é assim porque os recursos existem e são as pessoas empreendedoras em vários pontos do país e na emigração. Razão porque, assinalou, deve também funcionar na ilha e acabar com “tanta pobreza e desemprego” que aflige o Fogo que tem um vulcão que é “uma referência única” e que em si é um activo que deve ser valorizado, além das potencialidades agrícola, turística, que “estão sub-exploradas”. A situação da ilha deve-se, segundo o mesmo, a razão de natureza política, observando que falta criar as condições para que as pessoas façam a sua produção, ter rendimento, emprego, actividade económica que gera o desenvolvimento. Para o líder do MpD, o Fogo é uma ilha que está afectada pela forma de fazer política “onde se condiciona tudo ao Estado, à assistência e a uma dependência” ao poderes públicos quando o Estado devia ter “postura diferente” de criar condições para a liberdade das pessoas, e medidas de politicas para promover a iniciativa económica, o investimento, acesso a crédito e a politicas viradas para agricultura para a produção. Para o líder do maior partido da oposição é necessário a viabilidade de um aeroporto internacional para o turismo e com impacto sobre a economia, indicando que só a emigração pode viabilizar esta iniciativa. JR Inforpress/Fim