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Erupção vulcânica: Reabilitação das habitações construídas em 1995 poderá custar entre 90 a 100 mil contos

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Actualizado a 08/12/2014, 10:38 São Filipe, 08 Dez (Inforpress) – A reabilitação das habitações construídas após a erupção vulcânica de 1995 para albergar a população de Chã das Caldeiras poderá custar entre 90 a 100 mil contos, disse o arquitecto urbanístico, Manuel Barradas. O arquitecto, que integra a equipa técnica do Instituto Nacional de Gestão do Ordenamento do Território que se encontra na ilha do Fogo para conjuntamente com as Câmaras Municipais identificar possíveis sítios para a construção do novo aldeamento para a população deslocada de Chã das Caldeiras, disse que em relação ao trabalho de identificação das casas de 1995 para reabilitação, o trabalho está concluído. Segundo o mesmo o trabalho consistiu na identificação física dessas moradias, as necessidades e os custos para a sua reabilitação de modo a criar as condições mínimas de habitabilidade. Assim foram identificadas 110 casas, sendo 70 em Monte Grande (São Filipe) e 40 em Achada Furna (Santa Catarina) e as intervenções vão resumir a essas duas localidades que entram no rol das áreas possíveis para albergar o novo aldeamento para receber as famílias de Chã das Caldeiras. As habitações de 1995, construídas em épocas diferentes não dispõem de alguns requisitos como água, electricidade e instalações sanitárias e a ideia é agregar estes aspectos na reabilitação e com possibilidade de aumentar o número de quartos já que muitas famílias cresceram desde então. Para a reabilitação de cada uma das habitações calcula ser necessário perto de 900 contos, entre 90 a 100 mil contos para as 110 habitações já que as demais que foram construídas fora dessas duas localidades, como Jardim, Patim e outros pontos da ilha, não serão contempladas. Quanto à construção do novo aldeamento para receber os deslocados de Chã das Caldeiras, cujas comunidades de Portela e Bangaeira foram consumidas pelas lavas, Manuel Barradas disse que estão identificadas três possíveis localidades, sem contudo avançar os sítios porque, conforme disse à Inforpress, trata-se de uma identificação técnica e caberá às autoridades pronunciar sobre eles. A equipa do INGOT que regressa à Cidade da Praia na próxima quarta-feira, tem programado para segunda-feira, um encontro de trabalho com os três presidentes de Câmaras da ilha para aprofundar a discussão sobre os sítios possíveis para o novo aldeamento, assim como a realização de um inquérito em Monte Grande para ouvir a opinião dos habitantes de Chã das Caldeiras. Contrariamente à erupção de 1995, a de 23 de Novembro, ainda em curso, destruiu por completo os povoados de Portela e Bangaeira e por isso o regresso a Chã das Caldeiras não será, pelo menos, por ora possível. JRInforpress/Fim

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