19 Março 2024

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São Vicente: UCID assaca responsabilidades ao Governo pelo naufrágio do navio Vicente

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Actualizado a 21/01/2015, 13:04 Mindelo, 21 Jan (Inforpress) – O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) “culpou” hoje o Governo pelo naufrágio do navio Vicente, ocorrido no dia 08, na sua óptica “só possível” por “ausência de autoridade, incúria tremenda” e “falta de responsabilidade”. António Monteiro, que falava na manhã de hoje, no Mindelo, em conferência de imprensa, considerou que o naufrágio veio “pôr a nu” a "ausência de autoridade do Governo" na matéria, que ele considera ser a “responsável pela tragédia”, com perda de vidas humanas e uma “longa lista” de navios perdidos nos últimos anos. O líder da UCID trouxe à baila, na questão de busca e salvamento, o caso das duas embarcações de salvamento, - Ponta Nho Martim e Ilhéu dos Pássaros” - “há mais de quatro anos encostados” na Marina do Mindelo, os quais "custaram um milhão de euros, cada". Trata-se, segundo a mesma fonte, de embarcações com características para o salvamento e buscas, com “velocidade de 30 nós/hora, autonomia de 75 horas e 550 milhas”, ou seja, colocadas no Porto da Praia, em duas horas alcançavam a ilha do Fogo nas buscas. “O Governo não terá disponibilizado os recursos suficientes para colocar as embarcações a navegar, vai para quatro anos”, sublinhou a mesma fonte, daí assacar as responsabilidades ao executivo pois, acrescentou, “não se pode perder vidas desta forma” e “nada fazer”. “O país tem bons profissionais do mar, falta é autoridade nesta matéria”, sintetizou. A UCID também considera que a lei marítima “foi violada” ao permitir que oficiais de ponte estrangeiros estivessem a dirigir o Vicente, quando a “lei estipula” que esses cargos devem ser desempenhados por marítimos cabo-verdianos. Da mesma forma, António Monteiro acha “muito estranho” que seja a Protecção Civil a coordenar as operações de busca e salvamento do navio Vicente, “mais um erro”, pois tal é da competência da autoridade marítima. Por isso, a UCID, di-lo o seu presidente e deputado nacional, “exige” do Governo um “inquérito transparente” e que sejam “tomadas medidas” com as pessoas afectadas pelo naufrágio, “sobreviventes e familiares dos mortos e desparecidos”, e assim regressarem a ter uma “vida normal”. O navio Vicente, de 52,70 metros, afundou-se na noite de quinta-feira, 08, a quatro milhas do cais de Vale dos Cavaleiros, na ilha do Fogo, com 26 pessoas a bordo. Onze ocupantes foram resgatadas com vida até este momento. As mortes confirmadas são três, mas apenas um corpo foi ainda recuperado do mar. Doze pessoas, sendo duas mulheres e dez homens, incluindo o capitão e o imediato da embarcação, estão ainda desaparecidas. AAInforpress/Fim

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