19 Março 2024

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Erupção Vulcânica: Viticultores reclamam abertura de acesso carroçável entre Ilhéu de Losna e Portela

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Actualizado a 12/01/2015, 14:14 São Filipe, 12 Jan (Inforpress) – Os viticultores de Chã das Caldeiras reivindicam a abertura do acesso entre Ilhéu de Losna e Portela, destruído parcialmente pelas lavas da erupção de 2014, para facilitar a chegada aos campos de cultivo para a realização de trabalho agrícola. David Gomes Monteiro “Neves”, viticultor e responsável da adega/cooperativa Chã, disse à Inforpress que já solicitaram os presidentes das câmaras no sentido de providenciarem junto do Gabinete de Crise a reabertura do acesso, nos três pontos destruído, para facilitar a entrada de pessoas às suas parcelas agrícolas. Segundo o mesmo, os viticultores com parcelas em Penedo Rachado estão a circular à frente ou na traseira do cone novo formado na erupção de 2014 e ainda em curso e em cima das lavas que ainda estão com temperaturas elevadas para poderem chegar aos seus terrenos, o que “constitui perigo”. David Neves acrescentou que nesta época do ano há grande movimentação de pessoas em direcção aos seus campos de cultivo para trabalhos de limpeza e poda das videiras, macieiras, marmeleiros e outras fruteiras. Segundo o viticultor, o acesso pelo menos até Portela deve ser reposto até final da próxima semana, notando que os viticultores de Montinho marcaram o início da poda para o dia 18 de Janeiro, precisando que fazer toda a caminha de Ilhéu de Losna a Montinho de Monte Velha e o regresso levará algumas horas. “A poda este ano é mais curta devido a pouca chuva registada no ano passado e algumas fruteiras já iniciaram o processo de floração”, disse David Gomes Monteiro “Neves”. Este responsável considera a área de viticultura consumida pelas lavas da erupção vulcânica de “insignificante”, menos de cinco por cento (%), mas defende que se deve apostar na expansão e que o Ministério de Desenvolvimento Rural (MDR) deve produzir plantas de videiras e outras para disponibilizar aos agricultores de Chã. David Neves informou que o MDR tem no seu viveiro, em Monte Genebra, uma grande quantidade de plantas videiras produzidas em 2014 e que não foram afixadas por insuficiência de chuva, sublinhando que o próprio dispõe de mais de seis mil plantas de videiras num espaço cedido em Monte Genebra e que nos próximos dias vai proceder à poda da raiz e dos ramos para que possam sobreviver até a época das chuvas e serem plantadas em Chã das Caldeiras. Durante a caminhada, realizada domingo, acompanhando o técnico italiano que está a identificar espaços para novas adegas e de um topógrafo para definição do traçado de estrada que liga Chã das Caldeiras a Campanas de Cima, passando por Monte Velha, era possível observar que muitas pessoas se encontravam no interior da caleira a proceder à limpeza dos campos e a cuidar das plantas, assim como a cuidar dos animais e na colheita de feijões. JR Inforpress/Fim

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