19 Março 2024

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Perspectiva/Fogo: Ilha ficará 100 por cento electrificada com conclusão dos projectos no sector energético

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Actualizado a 05/01/2015, 00:09 São Filipe, 05 Jan Inforpress) - A ilha do Fogo estará electrificada a 100 por cento (%) em 2015, com a conclusão de dois projectos de modernização do sector energético, orçados em 10.3 milhões de euros (1,1 milhões de contos) e iniciados em 2014. Com uma taxa de cobertura de energia de 84%, com a conclusão dos projectos de modernização energética, o JICA e o ORET, que preveem, além da construção da central única, a interligação da rede e electrificação dos povoados ainda não contemplados nos três municípios, todas as localidades do Fogo passarão a dispor de energia eléctrica. O projecto JICA, orçado em 4,3 milhões de euros (473 mil contos), consiste na reabilitação e construção de novas redes de transporte e distribuição de energia e o projecto ORET visa a construção da central única e aumento de capacidade de produção, com instalação de dois grupos de 1.5 megawatts, a extensão e interligação da rede Campanas (São Filipe a Ribeira Ilhéu/Atalaia (Mosteiros) e a electrificação de todos os povoados não cobertos ainda. Ainda no sector energético, o parque fotovoltaico de Cutelo Jardim, nas proximidades do perímetro irrigado de Monte Genebra (sul de São Filipe), com capacidade para produzir 180 quilowatts de energia limpa e destinado a bombagem e elevação de água para agricultura, está funcional a 100%, após um ano de inactividade. Para 2015, além da conclusão da substituição da conduta antiga na cidade de São Filipe, obra iniciada em 2014 pela empresa Águabrava e com financiamento da Cooperação Luxemburguesa, em 2015, no quadro do II Compacto do MCA, vai-se proceder à reabilitação da conduta entre Patim/Cova Figueira, de modo a reduzir a perda de água na rede que actualmente é de 60%. Também para este ano, será concluído o projecto de abastecimento de água a noroeste da ilha, entre Inhuco a Campanas de Cima (São Filipe), iniciado em 2014, através do financiamento de uma ONG de Bettembourg (Luxemburgo), e que vai ser retomado com recursos da autarquia, da empresa Águabrava e do Governo, que prometeu disponibilizar 66 mil contos para este projecto que vai beneficiar mais de cinco mil pessoas. Além da infra-estruturação no sector energético e de abastecimento de água, a ilha do Fogo ganhou, no ano ora findo, um conjunto de outras infra-estruturas, como a segunda fase da expansão e modernização do porto de Vale dos Cavaleiros, o edifício sede do Parque Natural do Fogo, que entretanto foi consumido pelas lavas, menos de um ano depois do seu funcionamento. Entretanto,  a instalação dos equipamentos de frio, espaço para reparação, protecção das embarcações e a própria formação dos “homens do mar” prometida pelo Governo ficou por realizar e os pescadores aguardam que este investimento venha ocorrer em 2015. A nível rodoviário foi concluída parte da estrada circular da ilha do Fogo, num troço de 30.7 quilómetros. Na altura da inauguração, o deputado do MpD Jorge Nogueira disse que a parte inaugurada representava menos de um terço da estrada prometida e segundo o mesmo, em 2008, o Governo tinha prometido 100 quilómetros de estrada asfaltada, sublinhando que depois no lançamento da primeira pedra, o executivo  reduziu, entretanto,  para 80 no acto da assinatura do contrato com a empresa passou para 67 e na inauguração para 30,7 quilómetros. Na ocasião, a ministra das Infra-estruturas e Economia Marítima, Sara Lopes, garantiu que o anel reabilitado será uma realidade entre 2016 e 2017, mas sem asfalto do troço entre a cidade de Cova Figueira (Santa Catarina) Igreja (Mosteiros). O lançamento da primeira pedra do hospital regional para as ilhas do Fogo e Brava, com várias valências e orçado em cerca de 600 mil contos e cuja conclusão está prevista para 2015, a construção do lar de idosos para acolher os idosos do lar “Madre Tereza de Calcutá”, são outras infra-estruturas. No município dos Mosteiros, destacam-se a conclusão do bloco de 52 moradias, no quadro do Programa “Casa para Todos”, a construção do edifício da delegação da empresa intermunicipal de águas, Águabrava, e a construção da escola secundária dos Mosteiros, que já entrou em funcionamento. Em São Filipe, é de sublinhar a construção do centro comercial, através da reabilitação de uma ribeira, permitindo a conservação das casas que estavam em risco e dinamizar o desenvolvimento do município, a construção de uma pista mista para prova de hipismo e actividades do Carnaval, denominado de “hiposambodromo” como as principais obras de infra-estruturação. A inauguração da escola secundária de Ponta Verde e do sistema de abastecimento de água à localidade de Chã das Caldeiras, destruída pelas lavas na sequência da erupção vulcânica, consta da lista das obras de infra-estruturação. No município de Santa Catarina do Fogo, destacam-se o início das obras do edifício dos Paços do Concelho e da modernização do campo de futebol de Monte Pelado, ambas ainda em curso. JR Inforpress/Fim

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