19 Março 2024

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A erupção vulcânica vai durar e Protecção Civil prepara-se para os piores cenários - ministra do Interior

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Actualizado a 07/12/2014, 14:38 Cova Figueira, 07 Dez (inforpress) – A ministra do Interior, Marisa Morais admitiu hoje nos Mosteiros, na ilha do Fogo, que a erupção vulcânica de 23 de Novembro “vai durar”, e informou no entanto que os técnicos da Protecção Civil “estão preparados para os piores cenários”.   A ministra fez essas considerações em conferência de imprensa este domingo, em Cova Figueira, no município dos Mosteiros, com a presença dos três presidentes das câmaras municipais da ilha do Fogo e a Protecção Civil, tendo sublinhado que não sabe se o vulcão já entrou ou não no pico da sua actividade eruptiva. A esse propósito, a governante passou a palavra ao técnico da Proptecção Civil presente, Jair Rodrigues para explicar, tendo este indicado que a erupção vulcânica do tipo tem vários ciclos, mas que ainda “não tem a certeza se a erupção de 23 de Novembro entrou ou não no fim de um primeiro ciclo”. “O normal é a erupção vulcânica continuar. O cenário que estamos a prever é o de 1995, que demorou 56 dias. Só estamos ainda em 15 dias. É preciso ter muita calma e pode provocar muito desgaste, tanto à população, como à comunicação social”, afirma. Quanto à preocupação que já se nota no seio da população de Cotcho e Cutelo Alto (terras do café) no Município dos Mosteiros, que teme pela chegada das lavas, Jair Rodrigues considera que “ainda é cedo para se pensar no plano de evacuação destas pessoas, apesar da inclinação acentuada da encosta, que favoreça o avanço das lavas. Nesta parte, a ministra Marisa Morais retomou a palavra para explicar que está a ser feita uma intensa monitorização do vulcão, de uma forma sistemática e de perto pelos especialistas mediante equipamentos instalados desde 2008, que foram reforçados agora desde o início desta erupção, com o apoio da cooperação portuguesa. Por isso, considera que a monitorização que está a ser feita é altamente profissional ao mesmo tempo que sublinha que “está-se contudo perante uma situação grave que exige cautela”. Ressalvou entretanto que a capacidade de reacção está instalada e que tem dado provas, sendo que o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica é a única instituição credibilizada para divulgar dados oficiais. “Estamos em plena erupção, numa situação de emergência, de catástrofe”, atesta a ministra que enaltece “a competência e o grande profissionalismo” dos especialistas da UNICV. Entretanto, Marisa Morais confirma a interdição a Chã das Caldeiras a todas as pessoas, inclusive à comunicação social “por razões de segurança”. SR Inforpress/Fim    

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