19 Março 2024

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Retrospectiva'2014/Economia: Destruição da adega de Chã das Caldeiras e de filial de Sodade com impacto negativo para os negócios

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Actualizado a 26/12/2014, 17:10 São Filipe, 27 Dez (Inforpress) – A destruição da adega/cooperativa “Chã”, da adega de Eduíno Lopes e várias infra-estruturas turísticas e económicas em Chã das Caldeiras, na sequência da erupção vulcânica, constituem destaques, pela negativa, do ano de 2014. No ano em que a adega/cooperativa atingiu a sua maior produção, desde a sua criação em 1999, com uma produção superior a 200 mil litros de vinho, o que corresponderia a um aumento de 20 mil litros em relação a produção de 2013, esta unidade foi arrasada pelas lavas que destruíram edifício, parte dos equipamentos (barris, gerador, garrafas) e uma grande quantidade de vinho branco. Os prejuízos causados pela erupção vulcânica nesta adega/cooperativa poderá rondar os quatro milhões de euros (entre 400 a 450 mil contos), sem contar com o impacto negativo para o futuro, quer a nível de emprego de muitas pessoas, quer em relação ao rendimento económico dos produtores. Além da adega/cooperativa de Chã, que tinha agregado um espaço para transformação de frutas, no sector vinícola, as lavas destruíram também adega de Eduíno Lopes – especial de filial da adega Sodade e instalações de outros pequenos produtores de vinho caseiro “manecom”. A destruição ainda de várias unidades turísticas (hotel, residenciais e hospedagens familiares), estabelecimentos comerciais, assim como vasta área de cultivo quer de videira, macieira quer de batata, mandioca e feijões, vão ter impacto negativo na vida económica da ilha e da população de Chã das Caldeiras, em particular. Enquanto isso, a empresa “Fogo Coffee Spirit limitada”, uma “joint venture” entre empresas holandesa e nacionais, adquiriu em 2014 mais de 70 toneladas do café (cerejas), aproximadamente 12 toneladas de café comercial, o triplo da quantidade adquirida no ano de 2013. A maior parte do café foi exportado para países como Holanda, Japão e Rússia e só para os dois últimos países foram exportados mais de oito toneladas de café comercial. A empresa “Fogo Fresh Distribuidora” foi seleccionada para gerir o Centro pós-colheita de Monte Barro (São Filipe), mas seis meses depois da assinatura do contrato de exploração, entre o Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) e a empresa Fogo Fresh Distribuidora, o acordo foi roto. Na disso, está o desentendimento entre a ministra Eva Ortet e os responsáveis da empresa, na sequência da utilização do espaço para armazenar donativos para população deslocada de Chã das Caldeiras. A empresa, que tinha um prazo de concessão de exploração de 30 anos e que previa investir 50 mil contos nos próximos, anos rompeu o acordo em Novembro de 2014. A Associação de Solidariedade para o Desenvolvimento (ASDE) está a investir cerca de 300 mil euros (mais de 31 mil contos) na vinha de Maria Chaves e na adega de Monte Barro, abrangendo os sectores de abastecimento de água e introdução de energia renovável. Outro aspecto que marcou o ano a nível económico foi a aprovação de portagem para a entrada no Parque Natural do Fogo (PNF) e em Chã das Caldeiras, que devia entrar em vigor a partir de 01 de Janeiro de 2015. Com a erupção e destruição do povoado mais turístico da ilha do Fogo, a portagem vai ter de ser repensada, já que a própria estrada de acesso principal e alternativa foram destruídas pelas lavas da erupção vulcânica. JR Inforpress/Fim  

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