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Erupção Vulcânica: Governo espera ter até final de 2015 o essencial do que é necessário fazer em Chã das Caldeiras – JMN

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Actualizado a 24/12/2014, 15:42 São Filipe, 24 Dez (Inforpress) – O processo de reconstrução da ilha do Fogo inicia-se em Janeiro e o Governo espera ter até final de 2015 construído o essencial do que é necessário fazer para o reassentamento definitivo da população deslocada de Chã das Caldeiras. O primeiro-ministro, José Maria Neves, que efectuou hoje a sua segunda visita a Chã das Caldeiras desde a erupção iniciada a 23 de Novembro, disse que já existe condições para iniciar o processo de reconstrução. Para o interior da caldeira, com grandes potencialidades agrícolas e turísticas, José Maria Neves disse que existem duas grandes prioridades, sendo que a primeira é reabilitar a estrada de penetração em Chã das Caldeiras e a reorganização do turismo, sector que, segundo o mesmo, terá de ser feito em moldes diferentes para que os ganhos possam beneficiar mais a ilha do Fogo e sobretudo a população de Chã das Caldeiras. A segunda prioridade é a construção da estrada que liga Campanas de Cima a Chã das Caldeiras, para ter uma via alternativa de acesso, anotando que o estudo para a construção desta via já existe e que o Governo vai avançar com a sua construção ainda no primeiro trimestre de 2015. O estudo para a construção da estrada entre Campanas de Cima e Chã das Caldeiras, passando pelo perímetro florestal de Monte Velha, foi elaborado entre 2005 e 2007 no quadro do então projecto de protecção dos recursos naturais da ilha, financiado pela cooperação Alemã e encontra-se nas mãos das autoridades governativas há vários anos. O chefe de Governo que se deslocou até Ilhéu de Losna, último povoado a ser devorado pelas lavas, disse que os estragos são enormes e que as previsões iniciais do Governo, infelizmente, confirmaram, com a destruição de Chã das Caldeiras e que é necessário agora trabalhar para o momento pós-erupção. A orientação do Governo, explica, é para, em Janeiro, iniciar a construção de nova adega, reabilitar as casas em Achada Furna e Monte Grande e o projecto para a construção de novas casas, indicando que a localização do novo aldeamento, dependerá dos consensos que forem conseguidos entre as autoridades locais, forças vivas de Chã e especialistas na matéria, antes de iniciar definitivamente o reassentamento das pessoas e a sua integração social e profissional. Com relação à construção da nova adega, José Maria Neves voltou a afirmar que a sua localização dependerá da opção dos produtores e de enólogos e solicitou aos mesmos que indiquem ao Governo, o mais rápido possível, o sítio ideal para que a construção seja iniciada em Janeiro de modo a ter as mínimas condições para a próxima campanha de vinificação. “A escolha do sítio para a construção da adega pode ajudar a determinar o local para a construção de aldeamento para a população”, considerou José Maria Neves. “O vinho ‘Chã’ não pode acabar, temos que continuar a produzir o vinho”, disse José Maria Neves, perspectivando que os viticultores vão poder produzir uma série nova do vinho Chã pós-erupção com a mesma qualidade de sempre e por isso defende que o processo de construção desta infra-estrutura deverá começar o mais tardar no final de Janeiro de 2015. O primeiro-ministro cabo-verdiano disse ainda que as pessoas são “muito fortes” e já começam a ver a dimensão dos estragos e a pensar no futuro e na construção de nova vida, tendo, por isso, deixado uma mensagem de esperança e confiança de que em 2015 será reconstruída a ilha e criadas condições para as pessoas poderem reerguer. JR Inforpress/Fim          

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