19 Março 2024

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Autoridades em Portugal apelam a donativos de autarquias, empresas e população para ilha do Fogo

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As autoridades em Portugal apelam a donativos, por autarquias, empresas e população, de bens, como roupas e material médico e escolar, para responder às necessidades da ilha cabo-verdiana do Fogo, onde o vulcão entrou em erupção há quase um mês.

Em comunicado, a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), a embaixada de Cabo Verde em Portugal e a Câmara de Lisboa informam que os donativos podem ser entregues no quartel de Marvila do Regimento de Sapadores Bombeiros.

A UCCLA disponibilizou ainda uma conta para os donativos em dinheiro, no banco Millenium BCP, com o número 45459173482 ou através do NIB 0033 0000 4545 9173 4820 5.

Entre os bens de necessidade urgente identificados pelos responsáveis cabo-verdianos encontram-se 1.500 kits de primeiros socorros, rádios VHS e VHF, televisores, cobertores, lençóis, macas, catres, reservatórios de água, material médico, como água oxigenada, ligaduras e gesso, entre outros, alimentos não perecíveis e materiais escolares e pré-escolares.

O vulcão da ilha do Fogo entrou em erupção no dia 23 de Novembro e a lava mantém-se a pouco mais de 600 metros de Bangaeira, povoação que, tal como Portela, foi destruída pela torrente, distando 3,5 quilómetros de Fernão Gomes, o "ponto crítico", uma vez que, a partir daí, segue-se a encosta montanhosa que desce abruptamente para Mosteiros (norte).

Se a actividade vulcânica se agravar e a lava ultrapassar Fernão Gomes, situado a uma altitude de quase 1.900 metros, a torrente não encontrará quaisquer obstáculos em descer a encosta até ao mar, percurso onde se situam duas povoações - Cutelo Alto e Fonsaco -, cujos cerca de 2.300 habitantes estão em alerta para uma eventual evacuação do local.

Até agora, o vulcão não provocou quaisquer vítimas, tendo desalojado os cerca de 1.500 habitantes de Portela e Bangaeira, as duas povoações de Chã das Caldeiras, planalto que serve de base aos vários cones vulcânicos da ilha do Fogo.

Os prejuízos estão avaliados pelas autoridades cabo-verdianas em mais de 45 milhões de euros.

Lusa

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