25 Abril 2024

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São Filipe: Há uma justeza na atribuição do nome de Pedro Pires à Escola Secundária de Ponta Verde - PM

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São Filipe, 22 Jul (Inforpress) - O primeiro-ministro, José Maria Neves, mostrou-se hoje convicto da justeza em atribuir o nome do ex-presidente da República, Pedro Pires, à Escola Secundária de Ponta Verde, zona norte de São Filipe, cuja construção foi financiada pela cooperação luxemburguesa. Na cerimónia de descerramento da placa que atribui o nome de Pedro Pires a esta instituição de ensino, o chefe do Governo afirmou que “é inteiramente justa” a escolha do comandante e da grandeza do homem que se homenageia com atribuição do seu nome à escola. A comitiva do primeiro-ministro deparou-se à entrada do edifício com alguns dísticos com mensagens que demonstram algum mal-estar em relação a atribuição de nome de uma escola secundária ao antigo primeiro-ministro e ex-Presidente, Pedro Pires. Algumas das mensagens referiam-se à afirmação “para quê liceu no Fogo”, atribuída a Pedro Pires, no início dos anos 80 do seculo passado, quando as pessoas da ilha reivindicavam o liceu. José Maria Neves disse que “há gente que não concorda e contesta” indicando que “só os homens grandes despertam grandes paixões”, acrescentando que as pessoas que contestam têm grande paixão por Pedro Pires, pela sua grandeza e pela grandeza dos seus contributos para o desenvolvimento de Cabo Verde. O primeiro-ministro salientou que ninguém se lembra de pessoas que nada fizeram ou de figuras menores da história de Cabo Verde. José Maria Neves frisou que “esta é a escola com que Pedro Pires sonhou”, indicando que a escola de Ponta Verde tem as vertentes técnica e geral, tendo solicitado a ministra da Educação no sentido de valorizar a vertente formativa. Depois de traçar o percurso do patrono da escola, José Maria Neves sustentou que em termos de sentido de Estado, solidariedade, humildade e visão, Pedro Pires continua sendo uma referência em Cabo Verde, e que os seus discursos, desde a independência nacional, demonstram ponderação, equilíbrio e sentido de Estado. O chefe do Governo deixou a ideia para que a direcção da escola e o Ministério da Educação, criassem um centro de documentação Pedro Pires, que sirva para realização de pesquisas sobre a luta de libertação, independência nacional e todo o contributo dado pelo patrono da escola às causas nacionais, assim como a realização de colóquios sobre libertação nacional, conquista da independência, entre outros assuntos. A escola, segundo o coordenador da equipa de gestão, Francisco Tavares, entrou em funcionamento no ano lectivo 2013/14, sendo que a escolha do nome foi decidida numa assembleia da escola e de forma democrática. A ministra da Educação e Desporto, Fernanda Marques, que há 30 anos foi a primeira delegada desse ministério na ilha do Fogo, fez uma evolução do sistema em termos de infra-estruturas, indicando que, actualmente, a ilha conta com escolas secundárias “de referência” para o desenvolvimento do sector e da ilha. A construção da escola de Ponta Verde custou cerca de 400 mil contos, dos quais 360 mil contos destinados a construção e 60 mil contos para equipamento, e tem capacidade para receber 700 alunos, dispondo de nove salas de aula, salas de desenho e três salas para ensino técnico-profissional, um auditório, salas de informática, biblioteca, laboratório, placa, de entre outros. JR/CPInforpress/Fim

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