19 Março 2024

Video Notícias

Chã das Caldeiras: Obras de reabilitação das 110 moradias das famílias afectadas arrancam quinta-feira

  • PDF
Partilhar esta notícia
São Filipe, 24 Jun (Inforpress) – As obras de reabilitação e ampliação das 110 moradias construídas em 1995 para albergar as famílias de Chã das Caldeiras, cujo contrato foi celebrado a 30 de Abril com empresas construtoras, arrancam quinta-feira. A garantia foi dada à Inforpress pelo presidente do conselho directivo do Gabinete de Reconstrução do Fogo (GRF), António Nascimento, que se encontra de visita à ilha do Fogo e que vai se reunir com as famílias de Monte Grande e Achada Furna, uma actividade que marca o inicio das obras de reabilitação e ampliação das casas construídas em 1995, disse. Segundo esse engenheiro, todo o processo está montado e as empresas contratualizadas estão prontas a iniciar as obras, mas lembrou que não se trata de uma simples reabilitação porque o projecto prevê a ampliação das casas consoante o número do agregado familiar, podendo ir até T3, com casas de banho, cozinha, substituição de telha de fibrocimento, rede de água e de energia eléctrica. Além de apresentar o projecto, os membros do conselho directivo do GRF vão discutir o cenário da reabilitação, de modo a definir se ela vai decorrer com as pessoas a ocuparem as casas ou mediante outra modalidade. Questionado se essas famílias terão direito a novas casas no novo assentamento urbano, António Nascimento realçou que são questões que não se colocam neste momento, pelo que não vale a pena especular, apesar de achar que essas famílias não devem beneficiar de novas casas. Em relação à adega provisória, adiantou que as obras iniciaram na terça-feira com a implantação do terreno e que hoje vão-se iniciar as escavações e movimentação de terra para garantir a produção de vinho de 2015, já que o contrato está assinado. António Nascimento informou que se trata de uma adega provisória em que se vai instalar uma nave industrial pré-fabricada importada da Espanha para receber a adega e os equipamentos. Salientou que, após a definição do local para a construção da adega definitiva, todo o investimento feito será reaproveitado, fazendo a desmontagem e a reutilização do material e equipamento em qualquer outro lugar. Paralelamente a essas acções, António Nascimento adiantou que vários trabalhos foram realizados pelo Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) para a assistência aos criadores de gado, através do fornecimento de ração, no que contou com ajuda da FAO no valor de 250 mil dólares para o apoio à agricultura para o desenvolvimento de actividades geradoras de rendimento (AGR). Quanto ao novo assentamento, cujo local vai ser visitado pelos membros do conselho directivo do GRF hoje para fazer o reconhecimento e possível identificação do proprietário do terreno, garantiu que estão criadas as condições para a sua concretização e que agora resta começar o trabalho que passa pelo levantamento, mapeamento do local e elaboração dos planos. “Se o terreno for de particulares, há todo um trabalho a fazer e as pessoas devem estar conscientes para colaborarem na negociação com o GRF ou o Governo sobre a forma de cedência do terreno”, explicou António Nascimento.O presidente do conselho directivo do GRF mostrou-se, contudo, preocupado com a proliferação de construções em Chã das Caldeiras, que qualificou de matéria “muito sensível”, assegurando que, neste momento, está-se a equacionar a tomada de medidas para impedir as construções, através de encontros de sensibilização das pessoas.JR/ABInforpress/Fim

Comments are now closed for this entry