29 Março 2024

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Familiares dizem que AMP esconde factos do naufrágio

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Cirilo Cidário, na qualidade do porta-voz dos familiares das vítimas do naufrágio, afirma que dos dois relatórios apresentados à AMP  um deles, realizado por cabo-verdianos, foi rejeitado pela Agência que solicitou o resumo do mesmo. Segundo Cirilo Cidário “porque o relatório deixa clara toda a insegurança existente nos nossos mares e demonstra claramente a responsabilidade das autoridades marítimas, a Agência Marítima e Portuária negou-o simplesmente”. Entre os dois relatórios produzidos, sendo um realizado por cidadãos de nacionalidade portuguesa e o outro por cabo-verdianos, o último com várias páginas, foi submetido a uma redução a pedido da AMP. Conforme conta o porta-voz, estando o relatório reduzido a pouco mais de 200 páginas, mesmo assim, foi novamente rejeitado. Insatisfeitos com a rejeição do relatório, os familiares dizem terem solicitado esclarecimentos à AMP, mas estes não os convenceram. “Eles, a AMP, disserem um montão de coisas que não nos convenceram porque, se não devo, não tenho nada a temer, no entanto, dias depois vieram a publicar um extracto de pouco mais de 50 páginas”. O porta-voz acrescenta que o relatório deveria ser publicado, doa a quem doer, caso se queira que o mundo fique a conhecer as verdadeiras causas do naufrágio. O mesmo entende que tal comportamento “demonstra que alguém está arrependido de ter negligenciado a determinada altura”. O facto da AMP ter rejeitado o relatório produzido por cabo-verdianos gerou um clima de indignação no seio dos familiares das vítimas do naufrágio que acusaram os responsáveis da AMP de desfazerem o verdadeiro conteúdo do relatório esquivando-se das responsabilidades e de esconderem os factos à sociedade. “Quando já temos toda a matéria em mãos vamos desfazê-la para que o mundo não fique a saber o quanto somos irresponsáveis; vamos ficar na mesma”.

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