19 Março 2024

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Chã das Caldeiras entre a tristeza e o sonho d'uma nova aurora

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“Djar-Fogo” Estamos aqui, alma da ilha Longe da ilha, mas a cultura continua viva Da nossa querida e amada ilha, Majestosa, Exuberante, E Provocante! “Djar-Fogo” Queríamos estar por perto, Mas infelizmente Encontramo-nos deste lado tão perto, Encravado Sem nada poder fazer Triste realidade Ficamos a imaginar (…)! “Djar-Fogo” Poderíamos estar “nós” agora Na nossa grandiosa Ilha No meio d’uma ribeira Ou simplesmente Na baía de salinas Melindrosamente Lavrado Pela força da natureza Observando a sua beleza E aí ajudar os nossos irmãos! “Djar-Fogo” A tua montanha olímpica Que se encontra em erupção vulcânica Expelindo uma chuva de lavas bravias Circunda-nos e Envolve-nos Como se de um Abraço se tratasse... “Djar-Fogo” Vemos os nossos conterrâneos, Os teus filhos Completamente cravados, Sem saída, Ilha rendida à força Desse imponente vulcão, Que tem sido o nosso orgulho E agora o nosso entulho! “Djar-Fogo” Terra amada De onde que há anos saímos, de partida, para uma caminhada satisfatória Procurando a razão da vitória (.!.) “Djar-Fogo” Ilha insular e adorada, Habitada por gentes generosas De corpo e almas corajosas! De longe, Pela comunicação social Partilhamos esta triste Circunstância Que envolve o nosso povo E o tão sublime gigante D’uma força Poderosa, Inevitável, E infrangível… “Djar-Fogo” Nome tão imponente e expressivo Ilha de povos encantados D’olhos apaixonados, Que dançam ao som do “par avante” Nas noites de lua minguante (…)! “Djar-Fogo” Ilha querida, adormecida No sono profundo despercebida, No sonho promissor inocente Desfrutando da zona inconsciente… “Djar-Fogo” Berço da nossa existência Razão da nossa sobrevivência, Numa luta constante contra o vento E tudo quanto nos deixa no desalento! “Burkan” Nosso ADN Luz da nossa caminhada Nessa terra santa acompanhada, Que nas serenatas vai-se levando Ao som da morna dançando… “Burkan” Estrela cadente do nosso destino Que nos guie nas encruzilhadas das estradas À procura da âncora do povo genuíno Que às lavas ficaram encravadas… “Burkan” Montanha mais alta de Cabo Verde Símbolo de cartaz turístico Beleza espontânea Espetacular Natural e misteriosa Nos braços da montanha olímpica da ilha nua... Nós (pensando no nosso povo) no fundo do teu ser... Dominado... Completamente Dominado! “Burkan” Ao querer-te, Ao pertencer-te... Cá estamos nós a suplicar-te Que conspires com o Universo E que encontres uma forma Suave De libertar o nosso povo Da ausência, Da turbulência, Do cheiro dos enxofres, E do eco do vulcão Que se encontra em ebulição… Na esperança de que a Natureza encontre Um truque para fazer Proteger o nosso povo irmão! Para que ele deixe de lançar rios de lavas Mas sim rios d’alegria No semblante dos nossos irmãos Na esperança de conquistar o legado Que recebemos da natureza. “Portela e Bangaeira” Aldeias turística e da videira Aos olhos das lavas cintilantes Que correm entre as Casas caídas Arrastam a esperança dessas comunidades De terras férteis destruídas! Oh! (Lágrimas cintilantes). ….. Meu Deus! Nós te rogamos: Proteja os nossos conterrâneos da ilha Que se encontram no meio d’uma tempestade Rodeada de videiras que rompem a lava Da terra que produzem as uvas que dão vinho Sabor raro que o terreno do vulcão do Fogo oferece ao mundo! Vulcão de todos nós vai renascer… Uma nova cidade vai surgir… Um dia vamos juntar-nos na estrada Que vai conduzir-nos ao teu encontro E o ar, de novo, vai ser natural (…) Chã das Caldeiras! … agora caldeiras negras. By: Madoeno Silva & Esmael Teixeira

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