19 Março 2024

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Jorge Nogueira sobre Fogo: Centenas de famílias passam fome e sede”

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O deputado do MpD para a ilha do Fogo, Jorge Nogueira, disse hoje que há centenas de famílias a passarem fome, sede e que não têm energia. Aproveitou o período antes da ordem do dia da Sessão Parlamentar para mais uma vez trazer à baila “a difícil situação” que as famílias vivem naquela ilha. Acusou o Governo de ter abandonado os foguenses numa altura crítica e de estar a fazer propaganda ao invés de ajudar efectivamente. “Uma ilha que vive para o PAICV mas, quando precisa, o Governo do PAICV dá-lhe costas”, advogou. Jorge Nogueira começou a sua intervenção lembrando que no processo de campanha para a primeira legislatura (em 2001) o Primeiro-Ministro, José Maria Neves, tinha prometido “mais pão, mais energia e água”. Volvidos 14 anos, Nogueira chega à conclusão que a sua ilha tem “menos pão, menos energia e menos água”. Menos pão porque a ilha do Fogo não dispõe de trabalho, sublinhou, alertando que o desemprego no Fogo assumiu proporções preocupantes. A falta de energia justifica-se, na óptica do deputado, porque os “geradores velhos” retirados de Santiago e São Vicente e colocados no Fogo “trabalham durante um ou dois meses mas ficam dois ou três parados para reparação”. Lembrou ainda que há três “longos anos” que a população daquela ilha sofre de cortes de energia “prolongados e sistemáticos”. Entretanto, a solução, que seria a central única, foi prometida para 2009. “Mas ainda estamos à espera”, criticou. Milhares sem água A falta de água assola a ilha do Fogo de Norte a Sul, garantiu Nogueira, lamentando que milhares de habitantes passem até dois meses sem água nas suas localidades. “Andam duas ou três horas por dia para terem acesso a um vasilhame de água porque não conseguem comprar a água auto-transportada”, denuncia. É preciso medidas sérias O pior deste cenário é que as actividades económicas, que poderiam minimizar a situação, estão todas diminuídas. Foram feitas inaugurações “com pompa e circunstâncias” dos furos, painéis e do Centro Pós-colheita, mas que “nada funciona”. Apontou ainda o dedo ao programa de emergência para o salvamento do gado, que é “só propaganda”. Exigiu “medidas sérias e profundas” do Governo para reverter a situação, principalmente dos habitantes de Chã das Caldeiras. Sanny Fonseca

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