19 Março 2024

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Fogo: Há abuso de poder e nepotismo no porto de Vale dos Cavaleiros - Presidente de SIACSA

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Actualizado a 20/03/2015, 23:10 São Filipe, 20 Mar (Inforpress) – O presidente do Sindicato de Indústria, Agricultura, Comércio, Serviço e Afins (SIACSA), Gilberto Lima, disse que no porto de Vale dos Cavaleiros reina um clima de abuso de poder e nepotismo em relação à classe de estiva. Depois de mais de três horas de auscultação dos estivadores, Gilberto Lima disse ter alistado um conjunto de problemas, na sua maioria recorrentes, que afecta os estivadores, como sejam abuso de poder por parte do director do porto, agentes do tráfego e de exploração passando pelo próprio condutor. “Os estivadores do porto de Vale dos Cavaleiros atravessam momentos difíceis em toda a ordem, começando com o salário, que nos últimos tempos, tem estado a reduzir drasticamente,  devido a falta de barcos e por descontos no salário”, disse Lima, notando que esta questão deve merecer um tratamento cuidado e, inclusive, a realização de um inquérito para determinar o que está a acontecer porque, conforme explicou, não se deve descontar Imposto Único sobre Rendimento (IUR) num valor de cinco a sete mil escudos. Segundo o sindicalista, há pessoas a trabalhar e que não são estivadores efectivos, mas com salário muito superior aos próprios estivadores, ascendendo os 20 mil escudos/mensal, enquanto os efectivos usufruem de salários que oscilam entre os cinco e sete mil escudos/mensal, sublinhando que são exemplos evidentes do nepotismo que existe no porto. A discrepância na distribuição de rendimentos, a mistura de cargas sujas e limpas que são pagas como sendo carga geral e por preço inferior, existência de dois grupos distintos, sendo um com privilegio e outro prejudicado, são outros problemas que foram identificados e que no dizer do presidente de SIACSA dá motivo para realização de um inquérito,  porque um estivador com familiar doente não é concedido licença para se deslocar à cidade  enviar dinheiro , enquanto outro é concedido licença até para realização de tocatina em casa. A redução para metade do número de dias de trabalho do pessoal ligado a amarração de navios, de arrumação e de aguadeiros, a melhoria na elaboração da folha salarial e a substituição da pessoa encarregada da mesma, também constam da lista dos problemas e segundo Gilberto Lima muitas das questões existem devido a motivações político-partidárias, o que não deveria acontecer. Para o encontro com a direcção do porto agendado para esta sexta-feira, foi criada uma comissão de estivadores constituída por seis pessoas, mas do encontro foi possível eleger um novo delegado sindical mais dinâmico e capaz de dar força e “imputs” necessários para a resolução dos problemas dos estivadores. Além da situação laboral dos estivadores, o presidente de SIACSA tem programado encontro com trabalhadores de Silmac, da Shell e visita a algumas obras de construção civil para auscultar os trabalhadores e ver a situação laboral em termos salarial e previdência social. Gilberto Lima disse que “é preciso que o sindicato esteja mais atento na ilha”, notando que há o problema sério de aplicabilidade da implementação do salário mínimo nacional à semelhança do que acontece em outros pontos do território nacional. JR Inforpress/Fim  

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